30 de jan. de 2007

O Tempo

Faz tempo que penso no tempo que gasto pensando. Hoje estava Folhas de arquivo, aquelas furadas para um pequeno classificador. Pelo relógio de pulso faltavam mais de 15 minutos. Parece pouco. Pelo relógio da expetcativa pareceia uma eternidade. Naão tinha o que fazer nesta manhâ. Afinal sai para comprar essas folhas. Claro que depois descobri, que os futos do meu pequeno classificador não se ajustavam as folhas oferecidas pelas livrarias. Azar do meu classificador. Azar meu. Quem mandou guardar um produto que não está de acodo com as regras. Mesmo que seja bonito, prático e com cara de durável ( pelo menos a capa metalizada).
Mas o negócio da expectativa do tempo do tempo é outra coisa.
Como custa para algumas coisas e como passa rápido para outras...
Então será que a noção de tempo é sempre a mesma... ou é agente que faz ele ter o tempo que tem? Vocês já ouviram, dizer que o que é bom dura pouco, ou que notícia ruim chega rápido. Porque num jogo de futebol nosso time que precisa empatar sempre reclama do árbitro quando isso não acontece. E os que estãonos ganhando reclamam que o tempo custou muito etc e tal.
Na verdade começo a achar que a noção de tempo pode ser mudada. Quanta coisa se pode fazer em pouco tempo. Principalmente quando se espera chegar a hora.As vezes até mais do que durante todo o resto do tempo.
Mas a gente não pensa no tempo dessa forma. A gente tem pensado mais no que se pode fazer depois do tempo. Talvez seja por isso que ele custa a chegar e que quando chega o tempo que se tem pode até ser pequeno.
Que coisa hein. Tudo isso eu pensei enquanto esperava a livraria abrir...
Mas a VERDADE é que acho que temos que pensar que podemos cuidar melhor do tempo. do nosso tempo e quem sabe do tempo dos outros também. afinal tem gente que diz que tempo é dinheiro, mas eu digo que tempo também é antes de mais nada a nossa vida.

Para pensar.....

Essa pequena possibilidade de fazer pensar, é o que ainda resta de humano neste planeta. Então tenha um pouco de humanidade e leia, e depois pensa um pouco sobre esse tal de Homem lúcido.
O Homem Lúcido
O Homem Lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que ele nunca se entusiasma com ela. Assim como ele nunca tem memórias. O Homem Lúcido sabe que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor, posto que que a vida contém tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um Mal.
O Homem Lúcido sabe que ele é o equilibrista na corda bamba da existência. Ele sabe que por opção ou por acidente é possível cair no abismo a qualquer momento, interrompendo a sessão do circo.
Pode tembém o Homem Lúcido optar pela vida. Aí então ele esgotará todas as suas possibilidadades. Ele passeará pelo seu campo aberto, pelas suas vielas floridas. Ele saberá ver a beleza em tudo!
Ele terá amantes, amigos, ideais, urdirá planos e os realizará. Resistirá aos infortúnios e até mesmo às doenças. E se atingido por um desses emissários saberá suportá-lo com coragem e com mansidão.
E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais e em idade avançada, cercado pelos seus filhos e pelos seus netos que seguirão a sua magnífica aventura. Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido uma aura de bondade. Dir-se a: -Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!
A Justa Lei Máxima da Natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade acontecimentos favoráveis.
O Homem Lúcido, porém, esse que optou pela vida com o consentimento dos deuses tem o poder magno de alterar essa lei. Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...
Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com Os Homens Lúcidos.
Este texto encerra o filme "Separações", de Domingos de Oliveira, genial cineasta brasileiro ("Amores", "Todas as mulheres do mundo", "Feminices", "Edu Coração de Ouro", etc.). Segundo ele, o texto seria uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotamia, entre os rios Eufrates e Tigre. Seja como for, me parece bem bonito e atual e merecedor de considerações sobre a vida e as condições que ela oportuniza a civiização deste início de milênio. Mesmo que tenha sido escrita e pensada a muito tempo.... De qualquer forma obrigado mais uma vez aos caldeus, mesmo que lá hoje vivam seres parecidos com seus conquistadores